2009 será o ano de todas as decisões. Já designado como o ano em que se viverá pior a crise, 2009 será sem duvida o annus horribilis para a politica portuguesa.
Conseguirá o PSD colocar-se na corrida para disputar a eleição com Sócrates? Duvido! Mas ainda assim, não deixará de ser o ano da definição da estratégia de Ferreira Leite, que entre silêncios e declarações infelizes marcou o ano de 2008 como um dos piores anos da história do PSD.
Conseguirá o PS manter a sua maioria absoluta? Duvido! Mas ainda assim acredito que pela falta de alternativa, lá passará pelos pingos da chuva, com sorrisos amarelados do seu chefe e conquistará a eleição legislativa, com maior ou menor tranquilidade.
Marcará Manuel Alegre a diferença e avançará com novo projecto politico? Duvido! Mas ainda assim, continuará a fazer mossa no PS e a advogar-se detentor de 1 milhão de votos, que envergonhadamente tentará gerir no ano em que prepara mais um avanço presidencial.
Teremos nós mais tranquilidade e sentiremos uma melhoria na nossa vida? Duvido! Mas ainda assim teremos a oportunidade de nos manifestarmos simultaneamente num ano decisivo para o estado geral da politica e da democracia.
E Cavaco? Antecipará Cavaco o calendário eleitoral? Duvido! Mas ainda assim gerirá a questão à sua maneira, assustando o PS sempre que puder. E assumirá Cavaco o rosto da oposição ao Governo? Duvido! Mas parece-me que as comunicações ao país serão cada vez mais frequentes.
Por mim, reservo-me à esperança de assistir a uma melhoria generalizada da nossa vida. Reservo-me à esperança de assistir a uma maior credibilização da politica, mas sobretudo dos politicos. Reservo-me à esperança de assistir a 2009 como o ano das grandes mudanças e da coragem em dizer BASTA! à falta de transparência, à lentidão da justiça e à falta de seriedade de quem nos governa.
Mas o melhor (e o mais fácil) é reservar-me à esperança de ver o meu Benfica Campeão.
Diz que 2008 vai ter mais um segundo. Aqui para nós, mais parecerá um milénio neste horrível ano de 2008 que tarda em passar.
Num país de tanga onde também se discute a credibilidade do sistema politico, dos políticos e da sua actuação;
Num país onde a falta de transparência dos titulares de cargos publicos tem sido cada vez mais uma constante;
Num país de justiça lenta para aqueles que utilizam dinheiros publicos em seu benefício pessoal;
Só mesmo aqui, neste pequeno Portugal!
A promulgação do Estatuto Politico-Administrativo dos Açores vem acentuar ainda mais a distância, já notória, entre São Bento e Belém. Por muito que se diga para o futuro, dora avante as relações entre Governo e Presidência estão abaladas. Diria mais. Estão feridas de morte.
Cavaco Silva é um homem que raramente perdeu uma batalha politica. Como tal, não lida bem com as derrotas, e esta foi uma derrota que lhe custará muito tempo a digerir.
A mensagem que proferiu ontem é reveladora disso mesmo. Amarga, sem rodeios e algumas vezes agressiva, deixou claro que nada será com dantes.
Apesar de muitos argumentos, ouvidos e lidos, serem válidos acerca da inconstitucionalidade do diploma, ficará sempre por explicar porque é que Cavaco não requereu a fiscalização preventiva do diploma. O meu palpite, é que Cavaco nunca esperou que uma pequena divergência entre poderes se tornasse numa batalha crucial entre partidos. O meu palpite é que Cavaco quando devolve o diploma à Assembleia da República fá-lo pensando que estava a ser claro quanto às suas intenções e que imperaria o bom senso junto do Governo e dos parlamentares. O bom senso do PS ao alterar o diploma e, caso não o fizesse, o bom senso do PSD em não viabilizá-lo.
Cavaco enganou-se. Não gostou!
Percebo a lógica socialista nesta matéria. É certo que confundem e utilizam questões de Estado e do Estado para resolverem um problema regional interno e incómodo.Não concordo, mas percebo!
Não consigo perceber o PSD. Qual o objectivo da abstenção? Que mensagem politica lhe está subjacente? A de que se estão nas tintas? A de que cedem às birras regionais pondo em causa o interesse do Estado? E agora na Madeira como vai ser? Vão promover um Estatuto Politico-Administrativo semelhante? Não consigo perceber o PSD!
É mais ou menos sabido, sobretudo na imprensa escrita, que existe uma certa tendência dos anunciantes "pressionarem" de quando a quando os editoriais, muitas vezes sob a ameaça de nunca mais anunciarem neste ou naquele meio.
É também sabido que os títulos só sobrevivem com publicidade (muita publicidade!) e nunca com vendas em banca ou outra coisa do género (se bem que existe uma relação directamente proporcional entre ambos).
O truque para a sobrevivência terá que consistir num jogo de equilíbrio difícil entre a difusão de verdades factuais informativas e a não intromissão na "vida privada" -digamos assim - dos diversos anunciantes. Ora, e tendo em conta um universo mais generalista, como os grandes anunciantes são normalmente bancos, financeiras e até mesmo o Estado (directa ou indirectamente) calculam como se torna difícil, nos dias de hoje, manter os tais equilíbrios de que há pouco referi...
A medida até poderia ser boa, para além da regulação (?) nunca gostei de outro tipo de relação entre Estado e imprensa, mas será que terá consequencia?
Ou seja, deixando o Estado de ser anunciante, deixará de exercer pressão e controlo sobre os Órgãos de Comunicação Social? Esta sim, será a grande questão.
Aos leitores, aos bloggers, à equipa do SAPO, a TODOS, um SANTO NATAL!
Avança o "Público" que 25 portugueses passam o Natal em prisões na Venezuela.
É possível! Mas também é certo que muitos mais passarão o Natal nas prisões portuguesas e desse mundo fora.
A necessidade natalícia de encher páginas de jornal é estonteante!
Gilberto Madaíl afirma estar em "grande sintonia" com Angél Villar, a propósito da organização conjunta de Portugal e Espanha do Mundial de Futebol 2018.
Este sempre foi o grande problema de Gilberto Madaíl. Está em sintonia com toda a gente, menos com ele próprio.
Ontem, ao ver o jornal das 21h da RTP-Madeira, percebi finalmente que os melhores ou não estão na politica ou então, estão no PSD/M.
O resto é tudo "abaixo de cão"
A pior coisa numa boa série de TV é a morte ou desaparecimento inexplicado de um personagem. É o que se prevê que aconteça no Parlamento madeirense. O, já célebre, Deputado do PND, Zé Coelho, anuncia a retirada do palco parlamentar já em Janeiro de 2009. "fatigado das grandes lutas que o PND travou nos últimos tempos que causaram um grande desgaste psicológico e emocional, pelo que preciso de mudar", Zé Coelho sai assim, da mais famosa série deste nosso Portugal.
Vamos todos sentir saudades dos relógios (à Public Enemy) ao pescoço, das bandeiras nazis, dos cheques de 30 euros, mas acima de tudo das 250.000 alarvidades que proferiu ao longo deste ano.
Termina assim, o papel de uma das mais caricatas figuras da politica portuguesa. A série ficará mais pobre, especialmente porque os espectadores serão bem menos.
Se por um lado, Antonio Costa considera que é desnecessário um novo Museu dos Coches (apenas o Museu mais visitado em Lisboa), por outro incentiva a criação de um Museu do Desporto, num dos maiores complexos desportivos (senão o maior) de Lisboa, o Pavilhão Carlos Lopes.
A ideia de que "funciona bem como está, não é preciso mexer-lhe" (relativamente ao Museu dos Coches) é revelador de uma cabal inaptidão no que concerne a uma politica cultural para a Cidade de Lisboa.
Esta ideia de trocar a cultura pelo desporto irrita-me! Da falta de programação dos teatros municipais em troca dos lugares gratuitos nos parques da EMEL em dias do Benfica-Sporting também!
Gostava de ouvir António Costa sobre a politica cultural de Lisboa. A sua politica cultural.
Quando se impõe a troca da cultura pelo desporto, é mesmo que me (nos) chamarem estúpido! Do estilo, "damos-lhe bola porque é burro para ir ao teatro.", ou então "o povo quer é futebol"
Eu só aceito a condição de estúpido, se quiser. Não por decreto.
Numa época que se discute o afastamento entre politicos e cidadãos, vêm agora os políticos apoiantes do Governo acentuar ainda mais esse afastamento.
Um bom presente de Natal para a Democracia!
A respeito do acordão do Tribunal de Contas convém relembrar alguns dados constantes do Plano de Saneamento Financeiro apresentados pelo executivo de Antonio Costa:
E agora Dr. Costa? Vai voltar a tentar atirar-nos areia para os olhos? Continua a achar que a dívida da CML é conjuntural?
"O PS é um partido popular da esquerda moderada"
José Sócrates - Primeiro Ministro
Quando pensamos que já ouvimos de tudo na vida, há sempre alguém que nos prova o contrário!
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